Nos últimos dois dias, para além da Survivor Series que estou a traduzir e legendar, ocupei o meu tempo livre com mais WWE - concretamente, TLC e RAW, e fazendo um pequeno resumo dos dois:
O TLC, que na minha opinião tinha tanto espaço para brilhar, é possivelmente um dos piores - senão o pior - PPV do ano. O combate entre Christian e Shelton Benjamin, ambos conhecidos pela sua destreza e mestria em combates "Hardcore", não estiveram completamente lá, muito possivelmente a um booking que deixou a desejar. Houve alguns momentos altos, mas não muitos, e o combate soube a pouco. Confesso de que de Benjamin, estava à espera de ver mais um ou dois daqueles momentos WrestleMania aos quais nos habituou, pois apesar de não ser um dos melhores "talkers" da WWE, é um facto que ele é dos melhores lutadores técnicos, e dos poucos que consegue integrar algum "high flying".
Sobre o Campeonato Intercontinental entre Drew McIntyre e John Morrison ainda não me vou pronunciar, dado que só vi pequenos bocados, mas acerca do combate entre Randy Orton e Kofi Kingston, gostei da vitória de Orton, que pode dar a aberta para a rivalidade continuar no Royal Rumble. No entanto, se for para a WWE cortar o "push" ao Koki Kingston, e ele começar a perder (como foi o caso no Raw, e já lá vamos), então penso que seja uma grande oportunidade que a WWE está a perder com o "jamaifricano".
No que toca ao Campeonato Mundial entre Batista e Undertaker, confesso que também estava à espera de mais. Penso que o Undertaker consegue executar um combate técnico bastante melhor que um "combate de cadeiras", e o Batista também não parece sentir-se completamente em casa. Todo o ritmo foi lento, e o combate sofreu na emoção que pretendia transmitir. Confesso que estava à espera de uma espécie de WrestleMania 23 II, mas também não foi bem o caso. Juntos conseguem ter excelentes combates (como já na referida WM), mas este não foi um deles.
A pergunta que faço em relação aos DX ganharem os títulos de Tag Team é: até que ponto é que precisavam deles? Não faria mais sentido deixar Jerishow campeões, para que novas equipas como os Legacy, os Hart Dynasty, ou até uns Cryme Tyme enfrentassem o maior atleta do mundo e o primeiro campeão incontestável da História, dando assim espaço a algumas e merecedoras duplas?
Basta ver que os DX estavam marcados para a vitória, ocupando a (merecida?) posição de cabeças de cartaz do evento, e que por certo definirá um período de invencibilidade que se espera algo prolongado, de duas das maiores estrelas da WWE, que já conquistaram de tudo e que não têm mais provas a dar.
Depois do desenlace de Triple H e Shawn Michaels na Survivor Series, confesso que estava à espera de uma continuação desse "angle" que fizesse os DX implodir por completo, que passasse pelo Royal Rumble, e que de algum modo fosse parar à WrestleMania. Penso que a história a contar seria extremamente interessante, e se tivesse um título à mistura, ainda melhor.
No entanto, ainda estamos longe da WrestleMania, e Shawn Michaels acabou de desafiar o "Morto" para o maior evento do ano... Isto promete! Mas já lá vamos.
Mas o desastre da noite foi mesmo Sheamus ganhar o Título da WWE. Lamento, mas por muito que eu goste de WWE, essa ficou-me entalada "no goto". Que eles fizessem como habitualmente fazem com as novas apostas às quais querem der um valente "push", arreliassem o público para pensar que ganharia o título, para depois não ser o caso, ainda aceitava. Mas agora, dar o título a um tipo que caiu na WWE de pára-quedas há coisa de três meses, cujos maiores feitos foram "reformar" Jamie Noble, e espancar Finlay e o King... Sem comentários.
E o pior é que ninguém ganha nesta situação. O John Cena fica mal visto, porque se deixou perder para um tipo que tem muita papa para comer. A WWE fica mal vista porque porque o campeão é o Sheamus, que não fez nada de nota antes de ganhar o título. E o próprio Sheamus, depois de perceber que afinal era só uma brincadeira temporária, e que por altura da WrestleMania voltou para a ECW, ou a aparecer em "dark matches" do Raw, vai perder de vista todo e qualquer brilho que a sua tão importante vitória tinha; sim, porque de certeza que, por um lado, foi um sonho concretizado, mas por outro, não seria assim que gostaria de o concretizar.
Com todos estes pontos em conta, e tendo em vista o ritmo extraordinariamente lento das hostes da noite, e com muito para desejar, classifico mesmo o TLC de "mau"! Mas é meramente a minha opinião.
O Raw que se seguiu, no entanto, penso que foi genial (com excepção das trapalhadas das Divas). Para o formato de três horas, e tendo SEMPRE em conta que o Raw é mais virado para o entretenimento, penso que a adição de Dennis Miller como anfitrião convidado foi uma belíssima escolha, visto que o comediante/analista político encaixou perfeitamente no espírito algo rebelde e descarado (ainda que, nessa óptica, discreto) da WWE. O seu à-vontade era enorme, e isso sentiu-se em todas as suas participações, sendo a de mais de nota a interacção com Vince McMahon.
Os prémios Slammy acabam, na prática, por ser o modo da WWE consolidar aqueles momentos, combates e estrelas que querem promover como tendo sido os melhores. Ainda que a "máscara" seja a de votação do público, o que é facto é que a WWE tem a palavra final, e não vão gastar dinheiro nem recursos a promover algo em que não acreditam, que não faça parte da sua estratégia, e que não dê frutos a longo prazo. Assim sendo, penso que toda a "gala de prémios" não mereça uma importância extraordinária no decurso do próximo ano. Cada Slammy é apenas mais um prémio para ser referido nos comentários, de modo a pôr os lutadores "over". (Acreditem que, atrás do microfone, e a cargo do que é dito para emissão, a noção do marketing da WWE torna-se bastante mais nítida).
No entanto, o Raw viu momentos extremamente engraçados, como o Michael Cole feito menina de escola histérica a ir a correr receber o seu prémio, a "pec dance" do Chris Masters, os DX nos bastidores - mais a "vitória" deles no ringue -, o Triple H (anunciado como "The Show" Triple H) a agradecer a entrada a Dennis "Milborn", entre outros.
E claro, como não podia deixar de ser, o desafio aberto de Shawn Michaels a Undertaker para uma desforra na próxima WrestleMania (que por si só, já vale a pena!) e a WWE a provocar os fãs com um eventual regresso de Bret "Hitman" Hart, algo que já é esperado há anos.
Em suma, foram dois dias de muita WWE: um com um balanço menos favorável, o outro bastante mais (tudo nos devidos contextos, como é óbvio).
Agora que se avizinha a época da WrestleMania, que começa no Royal Rumble, estas próximas emissões vão ganhar bastante mais interesse...
"Stay tuned!"...
Wednesday, December 16, 2009
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