Friday, June 23, 2006

Revistas: "Raw", Junho 2006

"Dêem-me um S! Dêem-me um P! Dêem-me um I!"... Etcetera, etcetera. Os gritos de apoio a que os meninos de capa desta edição nos habituaram: os Spirit Squad. É obviamente dada na pele da personagem. Não diz nada demais nem é nada super estimulante. Serve para cumprir a função: dar destaque para ajudar ao "push".

Aproveitando a deixa para dar a minha opinião pessoal (e penso haver muita gente que concorda comigo), acho a "gimmick" deles pura e simplesmente irritante e como já diz o King, são "atleticamente irritantes". É o meu gosto, claro (e desde quando é que gostos são universais?), cada um terá a sua opinião. Mas uma coisa joga a favor deles: enquadram-se nos respectivos papéis perfeitamente, na medida em que têm caras e comportamentos irritantes e são extremamente atléticos. E no aspecto atlético, Kenny é quem mais sobressai (com um "leg drop" impecável do canto superior, verdade seja dita). Em suma: temos cinco grandes atletas de alto gabarito perdidos numa "gimmick" que não interessa ao menino Jesus. Ao mesmo tempo, também não vejo "gimmick" melhor para os cinco juntos, já que provavelmente os seus talentos atléticos não seriam bem aproveitados na pele de outros personagens e esta parece ser ideal para exibir aquilo de que são capazes. É uma espada de dois gumes...

Algo que achei interessante logo no começo da revista foi um artigo sobre o amor de Adam Copeland (Edge) por guitarras. Sendo eu próprio um músico por hobby e também por paixão, tocando inclusivamente guitarra (para além do meu instrumento de predileção, bateria) acho sempre giro poder sentir que tenho algo em comum com a pessoa sobre quem estou a ler um artigo, para além do wrestling. Por exemplo, sabiam que o Kurt Angle toca bateria? Pequenas coisas que nos lembram que também as Superstars são seres humanos como nós, e que nos levam a sentir uma ligação mais pessoal com eles.

Temos ainda uma pequena reportagem fotográfica dos dias pré-WrestleMania 22, uma entrevista muito cómica com o Goldust na pele do personagem, que nos fala, entre outros temas... da sua mobília folheada a ouro.

Uma reportagem que merece algum destaque, porém, é a dos dez combates de sonho. São-nos presenteados combates de sonho (alguns dos quais até já se realizaram) como Triple H vs. Ultimate Warrior, Batista vs. Brock Lesnar, Chris Benoit vs. Tazz, Papa Shango vs. The Boogeyman (lembram-se da comparação que eu fiz em "Rookies 2005"?), Kurt Angle vs. Bret "The Hitman" Hart (um verdadeiro combate de sonho!)... e, entre outros, mais surpreendente (ou não): "Stone Cold" Steve Austin vs. Hulk Hogan!

Afastando-me da revista por mais um momento (hoje deu-me para isto), é difícil esquecer os cânticos recorrentes de "Austin/Hogan!" da parte dos fãs presentes na Cerimónia do Corredor da Fama deste ano. A pequena semente que deu azo a estes cânticos fôra plantada no fim de 2005, quando Hulk Hogan apareceu no Raw de propósito para desafiar a "Cascavel do Texas". Naturalmente, seria um combate que não se realizaria num PPV qualquer, mas sim numa WrestleMania. E seria uma rivalidade que teria todo o tempo para crescer e culminar em proporções absolutamente épicas dia 2 de Abril de 2006. Contam-se pelos dedos os combates que só de os lermos anunciados já apetece ir a correr para uma WrestleMania ali mesmo... e este seria sem dúvida um deles. Infelizmente, dado o pouco interesse de Austin de trabalhar com Hulk Hogan, a juntar à já bastante ocupada agenda de rodagens de "The Condemned" da WWE Films, esse combate arrebatador não foi possível.

Coloca-se, portanto, a questão: "Austin/Hogan na WrestleMania 23"? Seremos nós, meros mortais, brindados com um combate entre as duas maiores estrelas por excelência das últimas duas décadas da WWE, que ajudaram a definir o trajecto em que nos encontramos, cada qual ao seu estilo? Assistiremos nós a um combate que tem tudo para ser grandioso no maior recinto em que a WWE deu um espectáculo das últimas duas décadas desde a WrestleMania III, o Ford Field em Detroit que alberga quase 70 mil pessoas (mais do triplo do número da WrestleMania 22)?

Por ora, é um sonho... Realmente, um combate de sonho que nos fica gravado na mente e nos deixa água na boca e na expectativa de ver mais algum indício nos será apresentado nesse sentido. Mas o que vale é que, com a WWE, o tempo passa depressa.

E por fim, para aqueles que apreciam a História do wrestling e o que cada pessoa ajudou para contribuir para a mesma, temos uma reportagem bastante interessante acerca dos maiores 12 managers de sempre (colocarei em breve aqui no blog uma review acerca do novo DVD "The World's Greatest Wrestling Managers"). Nela, figuram nomes como o inesquecível Paul Bearer que trabalhava com o Undertaker, "Sensational" Sherri, Paul Heyman (sim, este senhor foi manager antes de se tornar dono da ECW), Bobby "The Brain" Heenan, Jimmy Hart, entre outros de igual relevância.

No comments: