Para ser franco, já perdi a conta a quantos novatos entraram na WWE este ano. Entram, saem, são despedidos, voltam a entrar... É o ciclo a que já nos habituámos na WWE. Porém, entre os novatos há sempre aqueles que se destacam mais. Vamos a uma pequena análise dos novos talentos.
Ken Kennedy:
Para mim, de longe, o que mais promete. Caiu até nas graças do Triple H e do Vinnie Mac himself (só aí, já tem muito a ganhar!). Acima de tudo destaca-se o carisma incrível, o poder de cativar o público a seu bel-prazer, uma presença imensa. E tem um finisher de arrasar!
The Boogeyman:
"I'm comin' to getcha!!". Só pergunto: Papa Shango? Papa... who? Ainda se lembram deste senhor da época em que existia o "WWF Superstars"? Se não estou em erro, o falecido Tarzan Taborda ainda comentou um ou outro combate desta personagem com uma gimmick vudu. Ainda que parecido em termos de gimmick e até de físico, o Boogeyman deixa o Papa Shango encostado a um canto: mastiga minhocas, parte relógios de ponteiros na cabeça, e ainda canta e recita com menos quatro incisivos, sempre na companhia do seu coração artificial e do seu cajado. ... Ok! Visto que os jobs de outros novatos/superstars têm sido rápidos, ainda só deu para ver pouco ou nada do que ele é capaz no ringue. Curiosamente, esperamos.
Mexicools - Juvi, Psicosis & Super Crazy:
“We are not mexicans! We are Mexi -- cooooools!” Palavras para quê? Três Cruiserweights (ou Meios-Pesados) que, a nível individual, já deram todas as provas que tinham a dar tanto na ECW (Super Crazy) como na WCW (Juventud Guerrera & Psicosis). Três atletas fenomenais que cativam e entretêm. “That’s what it’s all about” como ouvimos muitas vezes. É um grupinho que promete muito. Por favor (!) dêem-lhes as asas merecidas.
MNM – Mercury, Nitro & Melina:
Uma Tag Team toda ela muito promissora, a nível colectivo e individual. Não decepcionam na luta e têm carisma para dar e vender, tanto o Johnny Nitro e o Joey Mercury como a Melina. O Johnny Nitro funciona bem melhor dentro deste trio do que como adjunto ao Supervisor Geral Eric Bischoff - era um caso perdido à nascença e não convencia ninguém. Este formato, porém, serve-lhe como uma luva. O Joey Mercury, acima de tudo, na minha opinião, destaca-se como um wrestler que não desilude. Penso que o Johnny Nitro funciona melhor no departamento do carisma, mas é do modo que um se complementa ao outro. E por fim, a Melina, a jovem com “a maior entrada na História do Sports Entertainment”, de acordo com o Tazz (alguém quer discordar?). É bem feita e tem mau feitio – duas características que lhe ficam lindamente (mais uma vez: alguém quer discordar??). Surpreendeu-me muito pela positiva o desempenho que tem demonstrado no ringue e carisma não lhe falta. Dêem-lhe asas, que ela voa.
Bobby Lashley:
The "Real Deal"! O Tazz diz tudo no package do senhor. Força, velocidade, intensidade, juventude, agilidade e acima de tudo, credibilidade. Muito bem... Agora estou curioso para ver o "software" deste portento: carisma. Comunicação com o público. Deixá-lo na palma das mãos só de abrir a boca (qual Ken Kennedy). Tem um longo caminho a percorrer e muitas provas a dar. Pirotecnia e um bom corpo traduzem-se em muito pouco, na minha opinião. 2006 é todo dele para nos provar o que vale no cômputo geral. A ver vamos.
Cade & Murdoch:
Convenhamos: o Lance Cade (outrora conhecido como Garrison Cade) não é novato nenhum. Simplesmente foi repackaged e inserido nesta dupla com o novato (segundo me parece, corrijam-me se estiver errado) Trevor Murdoch - no qual a WWE vai apostar em grande, segundo constam as fontes. Ainda não é desta que o Cade vai para a catapulta. Visto que hoje em dia as Tag Teams são feitas e desfeitas mais rápido que o piscar de um olho, também não teve oportunidade para dar grandes provas neste seu novo formato. Ao contrário do seu parceiro, Trevor Murdoch, que acima de tudo, transpira o personagem que representa... E transpira, ponto final! Não me chama muito em termos de wrestling, mas dêem-lhe um microfone para as mãos e acho que temos promessa. Resumindo: um tem a hipótese de brilhar, o outro não. É a selecção natural do show business.
Mickie James:
Gosto desta moça. Sobressai mais o facto de ser atraente e atlética, para além de que exibe um claro empenho em ser convincente no ringue (um pouquinho mais de esforço resultará em maravilhas). Vejamos o que nos traz a rivalidade entre ela e a Trish Stratus.
Entre os novatos que se destacaram pela positiva, foram estes que mais me marcaram. Porém, pelo reverso da medalha...
Ashley Massaro:
Ganhou o concurso Procura da Diva da Raw 2006... é bonita... um estilo meio à Avril Lavigne (mas gostos não se discutem)... E mais? A sério que estou a fazer um esforço enorme para lhe tecer um elogio na área que mais importa, mas não consigo. Ou então estaria a mentir. Pelo menos esforça-se, e fiquemos por aí.
Aguardamos para ver o que 2006 nos traz – e o que acontece ao que 2005 nos trouxe!
Wednesday, December 28, 2005
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment