Entrevista: Sign Guy

Ele é o maior fã da WWE nos EUA. Ele vai a quase todos os espectáculos da empresa, e é principalmente reconhecido pelos seus cartazes criativos e coloridos, bem como o seu característico boné vermelho e camisa de manga curta de ganga azul. Ele já filmou um spot para promover o RAW, teve um breve destaque na WWE Magazine, e chegou a aparecer no "Deal or no Deal", acompanhado de Bobby Lashley, John Cena, Randy Orton e Edge.

O Wrestling Traduzido esteve à conversa com um dos maiores fãs da WWE no planeta: Rick Achberger, o "Sign Guy", que nos fala da génese da sua personagem, o seu encontro "à queima-roupa" com Triple H, e a sensação de ter o plantel do SmackDown em peso contra ele.

Em baixo, a tradução da entrevista.


Quando é que te tornaste fã de wrestling?

Tudo começou quando eu era miúdo. Fui criado numa vila pequena em Ohio, de nome Gahanna. Ia muito à casa do meu amigo Jeff Stonebreaker, e ficávamos a ver wrestling na Superstation (TBS). Ficava maravilhado com as personagens imponentes, como o Ric Flair, Tommy Rich, Mr. Wrestling 2 e os Freebirds. Fiquei viciado daí para a frente.

Como é que a personagem do “Sign Guy” começou a evoluir?

Epá... Talvez há uns 13 anos. Uma vez fui a um house show e provoquei bastante alguns dos lutadores. Por acaso, tinha vestidos um chapéu vermelho e uma camisa de ganga azul. Ia ver o mesmo espectáculo na noite seguinte, noutra cidade, e por isso usei a mesma roupa para as Superstars saberem que era outra vez o mesmo barulhento. Hoje em dia, ainda uso a mesma roupa para chamar a atenção dos lutadores (E sim, tenho imensos chapéus vermelhos e camisas de ganga!). Levava cerca de 10 cartazes diferentes para os espectáculos. Os fãs da WWE vinham falar comigo e diziam “Tu és aquele dos cartazes... És o dos cartazes! (“you’re that sign guy”). Ficou assim.

Qual a razão principal que te levou a ver o máximo de espectáculos de wrestling possível?

Nada me diverte mais. Eu realmente adoro ver aqueles entertainers a dar espectáculo a tão alto nível. E ver um espectáculo ao vivo e ter reacções deles, multiplica essa diversão por dez vezes! É estranho dizer isto, mas já fui a mais de 500 espectáculos, e nunca me farto.

Porquê a WWE?

Para mim, a WWE é um concerto de rock, um jogo da NFL, um filme de comédia, um espectáculo sexy de super-modelos, um circo e um espectáculo de proezas todos num só. É o melhor modo de entretenimento, ponto final.

Vemos-te a apupar os maus, e a apoiar os bons; É a “personagem” a falar, ou há um pouco do Rick Achberger?

Talvez um pouco dos dois. Há muito tempo atrás, eu também costumava apupar alguns dos faces e apoiar alguns dos heels. Mas rapidamente percebi que nunca tinha reacções dos faces. É mais giro apupar os heels e provocá-los a sério. Eles adoram as provocações. Eles querem que tu os apupes. É como o anúncio que filmei para o RAW. Os meus lutadores favoritos são aqueles que me provocam a mim, tal como eu os provoco a eles.

Em média, quantos cartazes levas por espectáculo?

Cerca de dez.



Tiveste um pequeno destaque numa edição da WWE Magazine, o que te granjeia oficialmente um lugar no mundo do wrestling/Sports Entertainment. O que dizes disto?

É uma honra incrível. Fazer parte de algo que realmente adoro é realmente uma honra.

O que dizes da proeminência que tens vindo a ganhar com o Universo WWE? Incomoda-te seres recorrentemente reconhecido nos espectáculos da WWE, ao ponto dos fãs pedirem-te fotografias constantemente?

Continuo a não acreditar. É um elogio enorme! Acho que, cá no fundo, eu penso para mim “porque é que um fã quer uma fotografia de outro fã”?



Fala-nos um pouco da tua experiência do “Deal or no Deal” (Concurso televisivo)

Foi uma experiência inesqueível. Vi no WWE.com que a NBC andava à procura de fãs loucos da WWE para o concurso. Mandei a minha candidatura, juntamente com um vídeo de 5 minutos. Demorou quatro meses até finalmente aparecer no concurso. E o concurso em si foi fantástico! Não fazia ideia que o Edge, o Orton, o Lashley e o Cena lá estariam. Foi uma grande surpresa! Ainda bem que levei família e amigos para viverem esta experiência comigo.

Vemos-te muito na televisão... Estoiras muito o plaffond dos cartões de crédito?

Não tenhas dúvidas. A sério. Não tenhas dúvidas!

Tu trabalhas? Podes dizer-nos em quê?

Acabei de sair de uma firma de segurança e ando agora à procura de trabalho. A WWE estará à procura de alguém?

Recebes borlas da WWE, ou pagas tu tudo?

Há cerca de sete anos, ofereceram-me bilhetes de borla para alguns espectáculos. Claro que, a cavalo dado, não se olha o dente, mas os lugares ficavam muito longe do ringue. Confesso que estou completamente estragado no que toca a ir a um espectáculo da WWE. Quero estar perto, para os lutadores verem os cartazes e me ouvirem a provocá-los. Desde então que tenho eu arranjado os meus próprios bilhetes.

Tens alguma história de viagem para contar?

Na manhã seguinte a um espectáculo no sul do Texas, meti-me num vôo para ir a um espectáculo do SmackDown! em Houston. Eu tinha provocado os lutadores na véspera à brava! Acontece que o plantel inteiro do SmackDown! estava no mesmo vôo que eu. Um segurança da WWE viu-me e chamou a atenção dos lutadores. Julguei que não saía vivo do vôo! Especialmente com o Big Show mesmo ao lado. Os detalhes estarão no meu livro. (Risos)



No primeiro RAW após a WrestleMania 22, tiveste um tête-a-tête filmado em directo com o Triple H. Estavas à espera disso?

Fiquei chocado. Completamente chocado! Ainda me dá gozo ver isso no YouTube. Logo a seguir, o operador de câmara viu o quão assustado fiquei e gritou “vê como estão as calças dele!” (Risos)

Se fosses um verdadeiro personagem na WWE, qual serias?

Hmm... Talvez o “Sign Guy”. Já me perguntaram se alguma vez queria lutar, mas eu digo sempre “era o que faltava!”. Fico espantado com o espectáculo que tanto eles como elas dão no ringue. São uma espécie de pessoa completamente diferente. Mas adorava ser um “manager” chato!

Dás a mesma atenção a outra empresa de wrestling, que não a WWE?

Não. Não mesmo.

Vais à WrestleMania deste ano?

Ainda não sei. Posso decidir ir à última da hora. É sempre um pouco caro!



Durante quanto mais tempo podemos esperar ver o Sign Guy na TV a ver espectáculo da WWE?

(Risos). Acho que nunca me vou fartar de ir a espectáculos.