P.O.D., Motorhead, Saliva, Mercy Drive entre outros "pesos-pesados" da música mainstream emprestam as suas sonoridades características às Superstars da WWE na mais recente compilação Wreckless Intent. Apesar de já ter havido outras editadas pela WWE como WWE Originals, Forceable Entry e o penúltimo Theme Addict, (de cujo lançamento ficamos a par através das promos que passaram no Raw e SmackDown! do ano passado), Wreckless Intent é (salvo erro) a primeira compilação da WWE a ter lugar no mercado português; outro muito bom sinal para a instauração completa no nosso país da líder mundial do Sports Entertainment.
O álbum afirma a sua forte presença imediatamente com a "I Walk Alone" dos Saliva; um tema que me marcou imediatamente, desde que o ouvi como nova música de entrada do "The Animal", Batista, tornando-se prontamente uma canção favorita minha, que finalmente posso ouvir na sua íntegra - e não desilude. Os riffs pesados agora característicos da entrada do antigo Campeão Mundial marcam presença repetidamente até serem "pendurados" e a entrada de uma tarola forte dar início a uma música lenta, pesada e poderosíssima, desde o seu começo até ao seu final, sempre conduzida pela voz de Joey Scott, que demonstra uma prestação exemplar, alterando a sua voz entre uma tonalidade mais suave e mais agressiva sempre que necessário, servindo a música perfeitamente. É uma canção que tenho ouvido e voltado a ouvir incansavelmente.
Este é um disco maioritariamente "pesado". E o rock que se segue ao tema inicial não fica atrás nem aquém do que esperamos ouvir deste género de música neste álbum. Temos ainda canções como a já muito conhecida "Burn in My Light" dos Mercy Drive, "King of Kings" dos Motorhead, "Boyaka 619" dos P.O.D. (uma grande malha que infelizmente soou a pouco quando tocada pela banda na WrestleMania 22, sofrendo talvez por uma fraca produção a nível de som), "Deadly Game" dos Theory of a Deadman, "Crank it Up" dos Brand New Sin (um belíssimo "blues contemporâneo", digamos assim), "Fury of the Storm" dos Shadows Fall (continuo a preferir a versão antiga da entrada do RVD), e "This Fire Burns" dos Killswitch Engage.
Mas, talvez em conformidade com o próprio produto a que assistimos na TV, é um disco que também faz por agradar a mais gostos. São, então, apresentadas para os fãs do género de hip-hop, as músicas "Hard Hittin'" dos Homebwoi, "I'm Comin'" de Sikk the Shocker, "Holla" de Desiree Jackson, e ainda "Somebody's Gonna Get It" - que por sinal é a minha favorita neste género - dos Three 6 Mafia que marcam presença no SmackDown! deste Domingo, interpretando esta música que serve agora de entrada para Mark Henry.
Numa vertente mais leve, temos "With Legs Like That" dos Zebrahead, e "A Girl Like That" dos Eleventh Hour, e talvez mais destacado do rock e hip-hop que se instalam, temos "Quien Soy Yo", de Kaballon, numa vertente claramente mais latina, seguindo a personagem de Carlito.
Em suma, acaba por ser um disco para todos os gostos, muito bem equilibrado, favorecendo, como é óbvio, o rock para o público alvo da WWE, o que é compreensível (e muito bem-vindo para os fãs do género, como eu). Grande parte dos artistas que dele fazem parte estão de momento na berra e outros terão a sua oportunidade de brilhar entre aqueles mais conceituados. E em todos os aspectos, penso que ficam todos a ganhar.
Recomendado.
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